Resenhas, artigos e contos

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[Análise - Game] Persona 4




Plataforma: Playstation 2

Desenvolvedora: Atlus

Lançamento: 2008

Gênero: RPG

Classificação: Mature (maiores de 17 anos)






     Finalmente a primeira postagem explorando o universo dos games, e nada melhor como iniciar essa coluna com um jogo de peso, que certamente rendeu dezenas de horas para muitos gamers. Mas antes de principiar o texto, gostaria de salientar que a "análise" desta coluna é diferente da sessão de animes (lá eu realmente pretendo sondar a obra em questão). É possível que eventualmente eu retome Persona 4 para uma análise mais profunda (cheia de spoilers), mas aqui me deterei apenas em alguns aspectos relevantes para estimular quem ainda não jogou ou satisfazer a nostalgia de quem já o apreciou.

Confira o trailer do jogo:



     Deu para notar que o game traz uma estética bem "animesca", digamos assim. Por essa razão, ele atrai facilmente o perfil "gamer-otaku", mas possivelmente pode angariar os jogadores de RPG em geral, embora a série Persona, especificamente o 3 e o 4, tenha algumas peculiaridades interessantes em relação aos corriqueiros games do gênero, Não à toa é uma série bastante famosa no Japão e conseguiu uma legião de fãs no Ocidente.

     Apenas para contextualizar e corroborar o renome de Persona, a série tem características quantitativas e qualitativas capazes de deixá-la no mesmo patamar de conhecidos games de longa data, como Final Fantasy e Tales of (apesar de que não ouço muitos brasileiros comentando sobre ela). Na verdade, Persona é uma série spin-off, dentre muitas outras, da franquia Shin Megami Tensei (Reencarnação da Deusa), lançada originalmente em fins da década de 80 e presente em vários consoles desde então. Eu desconheço todos os outros jogos da franquia, portanto, não tenho como falar muito. Mas, aparentemente, Persona, mesmo sendo um spin-off, é a mais conhecida e aclamada série da franquia, principalmente os dois últimos lançados para Playstation 2. Ressalto também que os jogos não são continuativos, exceto pela marcante presença do personagem Igor, que apresentarei mais adiante, e pelo sistema de jogo mais ou menos parecido. Saliento que Persona 4 foi o único que joguei e zerei. 

Enredo

     Como em muitos jogos de RPG, o próprio jogador escolhe o nome do protagonista. No meu caso, tentei inserir meu próprio nome, mas... por algum bug maluco, meu personagem passou a ser chamado de Nando Luiz Fer, ao invés de Luiz Fernando. Com preguiça de reiniciar o jogo, pois só vi o erro meia hora depois, resolvi deixar como estava, até porque os demais personagens me chamavam apenas pelo primeiro nome: Nando. E como o jogo se passa numa cidadezinha fictícia do interior do Japão, Inaba, meu nome recebia sufixos de tratamento, a depender do grau de intimidade com as pessoas, ou simplesmente me chamavam de senpai, a exemplo de alguns colegas da escola. Enfim, embora a alcunha possa ser ao gosto do jogador, usarei o nome Narukami Yu (na adaptação em anime) para me referir ao protagonista.

     Yu é um adolescente por volta dos 17 anos que muda-se para a cidade de Inaba para ficar um ano morando com seu tio, Ryoutaro Dojima, um policial detetive, e sua prima, Nanako, uma adorável (não há outro adjetivo melhor) criança. No primeiro dia de aula, ele se enturma facilmente (embora não tenha feito nada) com Chie, uma garota de cabelos curtos, apreciadora de Kung fu e não muito feminina em sua postura. Eventualmente, passa a conhecer Yousuke, apelidado de Príncipe da Junes, por ser o filho do gerente de uma loja de grande porte que vende diversos produtos, e também conhece Yukiko, uma garota estudiosa, filha da dona da principal pousada de Inaba. 

     À primeira vista, tudo parecia caminhar para um ano pacato, numa cidade pacata. Mas Inaba estaria muito longe de ter um ano tranquilo. E tudo começou com este inacreditável e bizarro evento.



     Sim, é um corpo morto pendurado num poste! Como diabos ele foi parar ali e quem perpetrou essa atrocidade é a pergunta que os moradores de Inaba não sabem responder, nem mesmo Dojima, que junto com seu parceiro, Adachi, iniciam a investigação do caso. Os cadáveres sempre aparecem pendurados em postes ou antenas nas manhãs enevoadas após um período de dias chuvosos. Enquanto isso, na escola, Yu ouve rumores sobre o Midnight Channel, um misterioso canal que aparece somente à meia-noite em tempo de chuva. Dizem que é possível ver sua alma gêmea nesse canal. Chie acaba convencendo Yu a assisti-lo. Vejam parte do que aconteceu:




     No dia seguinte, Yu conta para os amigos sobre o ocorrido e afirma que sua mão realmente atravessara a TV. Entre crença e ceticismo, resolvem ir a Junes e param no departamento de TV. Lá, Yu tenta novamente inserir a mão num dos televisores (muito maior que o de seu quarto) e consegue, surpreendendo os amigos. Atrapalhados e nervosos com o evento, acabam (eu achei bem forçada essa parte) esbarrando um no outro e mergulhando dentro da TV.




     Esse mundo é caracterizado por uma densa névoa. Nesse primeiro lugar onde caíram, prevalece um cenário similar a um estúdio de TV. O trio começa a explorar o lugar até chegar a um quarto de apartamento bizarro, cheio de posteres na parede e uma cadeira no centro, abaixo de uma toalha amarrada no teto de forma a alguém se enforcar. O grupo, sem chegar a conclusão alguma, e até assustado, retorna para o mesmo local onde caíram e lá encontram nosso carismático personagem Teddie, um gigantesco urso de pelúcia que eventualmente irá se juntar a equipe nas demais explorações no mundo dentro da TV. Por hora, Teddie apenas faz televisores surgirem e empurra os adolescentes para dentro deles, e assim voltam ao mundo real. 

     Mas, quando um novo assassinato acontece e a pessoa morta, Saki Konishi, (próxima de Yousuke) é vista no Midnight Channel, os três começam a estabelecer uma conexão entre ambos os fatos. Yousuke e Yu entram novamente na TV (sempre pela Junes), encontram Teddie e começam a investigar alguma pista sobre a amiga de Yousuke. Eles se deparam com um local que é uma réplica do distrito comercial de Inaba, e lá ouvem vozes provindas da casa de Saki, vozes dos pais dela comentando que a filha traiu o negócio da família indo trabalhar na Junes em vez da própria loja da família. Mas quando estão prestes a entrar lá, o que Teddie chama de Shadows surge diante deles, e é nesse instante que Yu consegue liberar seu Persona. 




     Após essa primeira e curta batalha, o trio entra na casa. Yousuke ouve a voz de Konishi dizendo que estava apenas se aproveitando dele por ser o Príncipe da Junes, que não nutria qualquer sentimento por ele, ao contrário de Yousuke. Este, não acreditando serem esses os verdadeiros sentimentos de Saki, acaba sendo surpreendido por um duplo, alguém idêntico a ele, mas de fisionomia arrogante e orgulhosa: sua Sombra. Desenrola-se um diálogo entre eles; a Sombra afirmando coisas sobre Yousuke que este nega ser  verdade, até o momento quando a Sombra se transforma num monstro e Yu precisa derrotá-lo. Feito isso, Yousuke aceita aquele "eu" e sua Sombra se transforma em seu Persona.

     Passado esse incidente, é Yukiko Amagi quem aparece no Midnight Channel. Yu, Yousuke e Chie (que libertará seu Persona em breve), cientes de que as pessoas mostradas no canal são misteriosamente sequestradas e jogadas no mundo da TV para alguns dias depois aparecerem mortas em manhãs enevoadas, partem para dentro da TV à procura da amiga. Eventualmente, mais pessoas serão sequestradas e será a função do grupo salvá-las e descobrir quem é o assassino que está se aproveitando desse universo fantástico para matar as pessoas. Essa é a premissa básica de Persona 4.

Dungeons, Shadows, Sombra, Persona e Batalhas 

    Cada vez que uma pessoa é levada para dentro da TV, cria-se uma nova dungeon que será um reflexo dos pensamentos da sequestrada, ou seja, os cenários são formados pelo inconsciente daquela que o grupo está tentando salvar. As dungeons possuem vários andares, cheio de portas e Shadows, que são os monstros que o jogador deve enfrentar. Durante o percurso, o grupo encontrará um ou dois sub-chefes e geralmente entrarão num conflito dialogado com a Sombra daquela pessoa. Somente no último andar da dungeon é que será encontrada a pessoa sequestrada e ocorrerá o confronto final com a Sombra.




     A Sombra, em psicologia analítica, é um arquétipo (modelo de imagem psíquica) que contém nossos desejos considerados imorais perante à sociedade, sentimentos que vemos em nós mesmos de maneira negativa. No jogo, a Sombra assume a forma de um duplo que procura desprezar a pessoa da qual se originou e sucessivamente jogar na cara dela quem ela (a pessoa) realmente é. E quando essa pessoa nega o que a Sombra diz sobre ela (no game, os personagens dizem "Você não sou eu!"), a Sombra se transforma em Shadow, só que sendo agora um Chefe. Essa Shadow, a exemplo da dungeon, também refletirá, em sua aparência, os sentimentos ocultos da pessoa. Para enfrentar as Shadows, além de variados tipos de armas (espadas, kunais, cadeiras, luvas, garras, etc), também são usados os Personas.

     Personas, em psicologia analítica, são "máscaras" usadas na sociedade para nos adaptarmos ao meio social, ou seja, somos diferentes a depender das situações. No game, Personas assumem, apenas no caso do protagonista, a forma de personagens mitológicos (deuses, semi-deuses, anjos, demônios, animais sagrados, etc), e, nos demais personagens, possuem aparência peculiar que reflete alguma personalidade deles. São invocados durante as batalhas e podem adquirir diversos tipos de habilidades cujas nomenclaturas se baseiam em vários idiomas. As Personas do protagonista são adquiridas ocasionalmente durante as batalhas (no final da luta ocorre um tipo de mini-game para achar a carta correta onde se encontra a figura do Persona) ou em fusões realizadas pelo Igor na Velvet Room (explicarei abaixo que lugar é esse). Já em relação aos demais personagens do grupo, cada um possui apenas um único Persona, que é justamente o "lado negro" que fora renegado por eles próprios, mas não mais.

The Velvet Room




    Qualquer fã de Persona se amarra nessa frase clássica do Igor: "Welcome to the Velvet Room". Traduzindo, Sala de Veludo, esse lugar, nas palavras do próprio Igor (personagem comum a todos os games da série Persona), "existe entre sonho e realidade, mente e matéria". Como puderam observar no vídeo acima, a Velvet Room localiza-se no interior de uma limusine viajando através de uma densa neblina. Essa é uma das primeiras cenas do game. Todos os momentos na Velvet Room se passam numa visão de frente para o Igor, como se o jogador enxergasse a partir dos olhos do protagonista, que, na verdade, é o único personagem que pode visitar ou ser invocado pelo Igor para a Velvet Room. Durante o game, o jogador pode entrar nela por um portal localizado no distrito comercial de Inaba ou por outro situado na "entrada" do mundo da TV: o que justifica o fato da Velvet Room realmente existir entre a realidade e a fantasia, visto que pode ser acessada em ambos os lados.

     A Sala de Veludo tem como principal função administrar seus Personas. Igor explica que você é o "escolhido", o "número zero", aquele que pode ser preenchido. Em outras palavras, você tem o poder de adquirir vários Personas. Nesta sala, o jogador tem a possibilidade de fusionar vários Personas para criar um mais forte e com habilidades mais vigorosas. O processo, no entanto, exige bastante atenção, pois há várias condições que devem ser relevadas para ter maiores chances na criação de um Persona mais rentável.

     Os Personas são apresentados em formas de cartas: na frente, a imagem do Persona, e no verso, um fundo azul cheio de detalhes com uma máscara preta e branca (Persona também era o nome das máscaras do teatro grego). Observem abaixo como funciona a fusão.




     Repararam em algo chamado "S. Link Rank 2" do Persona Hell Biker antes de acontecer a fusão? Pois então...

Social Links 

     São suas relações sociais com determinados personagens ou grupo no desenrolar do jogo. Paralelamente às batalhas que acontecem dentro do mundo da TV, você também controla o jogador no mundo real e administra sua vida escolar e social. Esse simulador de vida é o diferencial do game, tornando-se até mesmo mais divertido e prazeroso que as batalhas nas dungeons, pois é aqui que as tramas secundárias de cada personagem se desenvolvem.

    O game realmente avança como uma simulação de vida. De manhã, você vai para a escola, de vez em quando respondendo algumas perguntas durante à aula, e à tarde tem o tempo livre para fazer o que quiser. É justamente nesse tempo que você controla o jogador e deve pensar bem como aproveitará esse período do dia: é possível gastá-lo pescando, estudando na biblioteca, entrando na TV para batalhar, trabalhando, realizando atividades extra acadêmicas de algum clube (esporte ou basquete, teatro ou música), ou conversando com alguém até o crepúsculo (aparece um ponto de exclamação acima do personagem que está disponível para uma longa conversa). Dessa forma, você vai conhecendo melhor aquele personagem e aumenta seu rank (de 1 a 10) de social link com ele.




     Mas, cada personagem com quem você pode fazer social link, incluindo o grupo principal e outros que você apenas encontra na escola ou na cidade, possui determinado tipo de social link que é baseado nas cartas de Tarô. A carta social link da Yukiko, por exemplo, é a Sacerdotisa; da Nanako, a Justiça; do Teddie, a Estrela; e por aí vai. Para que ser isso? Simples, cada Persona também é de um tipo baseado na carta de Tarô. Ao fusionar um Persona, quanto maior o rank social link, mais forte será o Persona criado.

     A lógica é que nos relacionamos com as pessoas de maneira distinta, usamos Personas (máscaras) quando conversamos com elas; não somos iguais perante a todos. Trazendo essa ideia para o jogo, criamos e desenvolvemos um tipo de Persona a partir da relação com os personagens. No entanto, o grande barato de aumentar os social links não é elevar o poder dos Personas, mas finalizar a história, ou melhor dizendo, o conflito de cada personagem enquanto você o vai conhecendo.

Personagens

     Sem dúvida, o aspecto mais chamativo do game são seus personagens cujos conflitos precisam ser resolvidos pelo protagonista. Tanto aqueles que entram para o grupo investigativo que luta dentro da TV quanto os que ficam apenas no mundo real apresentam conflitos instigantes.

     Apenas para ilustrar, temos o relacionamento conturbado entre pai e filha, Dojima e Nanako. A criança perdeu a mãe quando era muito pequena, vítima de um acidente de carro. Desde aquela época, Dojima se culpa por ainda não ter conseguido encontrar o culpado e passa a cuidar sozinho da filha. No entanto, ele sente-se impotente como pai, incapaz de cuidar da menina e acaba dando valor demais ao seu trabalho de detetive. Sempre chega muito tarde em casa e quase nunca tem tempo para se divertir com Nanako, que faz sozinha as tarefas domésticas. Durante o game, Yu age como intermédio entre esse relacionamento vago e tenta achar uma solução para aproximar ambos.

     Porém, vamos mais a fundo nos personagens que são jogados dentro da TV, pois lá seus conflitos internos se materializam, praticamente imergindo em seus subconscientes. E, mesmo após derrotarmos a Shadow e o personagem aceitar sua Sombra, seu conflito ainda não está totalmente resolvido. Sua trama continua conforme aumentamos o nível de social link com esse personagem. Como os membros do grupo são adolescentes, geralmente nos deparamos com conflitos comuns a esse estágio da vida, só que a forma como eles são apresentados tira qualquer resquício de clichê. Por conta disso, os personagens principais se tornam carismáticos. Esse game certamente é altamente recomendável para quem curte uma história que se concentre na mente dos personagens.

Trilha Sonora e Dublagem



     As músicas de fundo integram outra excelente particularidade do game. Muitas delas são cantadas e, digamos, "animadas", inclusive o tema de batalha (veja o vídeo acima). Há uma miscelânea de vários instrumentos e gêneros musicais que resulta numa variedade excelente. Após Final Fantasy VII, nunca tinha visto um game com trilha sonora tão viciante. O compositor Shoji Meguro fez um trabalho admirável.
   A dublagem americana ficou ótima, ressalvo alguns deslizes. As vozes de todos os personagens casaram perfeitamente, embora eu não tenha comparado com a versão original japonesa.

     Persona 4 é um jogo para ser levado a sério, não é um simples entretenimento e guarda valiosas reflexões em seu enredo. A última parte do game mostra o quanto a história é bem pensada, e exigirá um bom  discernimento a respeito do mundo atual, nossa forma de viver e relações sociais nessa era de mídia de massa. Sem contar as já mencionadas tramas envolvendo os personagens e todo o repertório mitológico dos Personas, as referências psicanalíticas e os simbolismos presentes no jogo. Enfim, um game 5 estrelas que merece ser apreciado por qualquer gamer.

Tenha um ótimo jogo! E divirta-se!




Letra e tradução da música de abertura

Pursuing My True Self

We are living our lives
Abound with so much information
Come on, let go of the remote
Don't you know you're letting all the junk flood in?
I try to stop the flow, double clicking on the go
But it's no use; hey, I'm being consumed
Loading... Loading... Loading...
Quickly reaching maximum capacity
Warning... Warning... Warning!
Gonna short-circuit my identity

Get up on your feet, tear down the walls
Catch a glimpse of the hollow world
Snooping 'round town will get you nowhere
You're locked up in your mind...
We're all trapped in a maze of relationships
Life goes on with or without you
I swim in the sea of the unconscious
I search for your heart, pursuing my true self

Buscando Meu Verdadeiro Eu

Estamos vivendo nossa vida
Afogados em tanta informação
Vamos lá, deixe ir o que é remoto
Você não sabe que estará deixando fluir um monte de porcaria?
Eu tento fazer o fluxo parar, clicando duas vezes no botao de "ir"
Mas não adianta; hey, estou sendo consumido
Carregando...Carregando...Carregando...
Rápidamente atingindo a capacidade maxima
Atenção...Atenção...Atenção!
Vai dar curto-circuito na minha identidade

Levante-se, derrube as paredes
Tenha um vislumbre do mundo oco
Bisbilhotar a região não vai te levar a nada
Você está aprisionado em sua mente...
Estamos todos presos em um labirinto de relacionamentos
A vida continua com ou sem você
Nado no oceano da inconsciência
Procuro seu coração, buscando meu verdadeiro eu

2 comentários

Autor
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Meu sonho que tivesse esse jogo para computador. Estou assistindo o anime e estou gostando muito, mas queria jogá-lo também T.T

Balas
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O anime é bem legal. Ele consegue simular bem algumas partes do jogo, incluindo a trilha sonora que é praticamente a mesma, só que melhorada. Talvez eu ainda faça uma resenha dele aqui.
Mas realmente o game é muito massa. Ou você procura um play2, ou um PSVita para jogar a versão Golden.

Balas