Aqueles que me recomendaram a não
iniciar uma carreira literária com uma saga podem esboçar satisfação, pois
colocarei em hiato a escrita do primeiro volume de minha série. Motivo? Estou
há anos cozendo o enredo, a estrutura, os personagens, e sinto que, mesmo
conseguindo amadurecer o projeto, ele ainda necessita de alguns cuidados e
bastante tempo para ser finalizado. Às vezes sinto que estou correndo numa
esteira, posso estar exercitando minha escrita, mas não estou conhecendo outros
lugares. Digo isso porque acho necessário não abraçar demais um projeto quando
este toma praticamente todo o seu tempo de escrita e por um período
exorbitante, enquanto a criação de projetos novos é jogada para escanteio.
Já parei diversas vezes meu
projeto, escrevendo contos nesse meio tempo e desenvolvendo outras ideias (foi
assim que veio a decisão de voltar com o Doppelgänger,
que escrevo sempre quando dou um tempo no meu projeto principal). Mas, dessa
vez, irei dar um hiato bem longo e arregaçar as mangas num romance mais curto que
poderá ser finalizado ainda esse ano (assim espero). Tendo em vista as
dificuldades de construir uma série literária, optei por um romance de volume
único e bem curto – acredito que 200 páginas são suficientes para narrar a
história. Há um tempo, mencionei que tinha uma boa ideia para um livro
infanto-juvenil com o mesmo número de páginas. Pois bem, não será essa a ideia
que irei utilizar, pois a deixei de molho – vi que poderia amadurecer um pouco
mais. Esse outro livro possui uma pegada mais young adult, como minha série literária, mas se passará no mundo
real, obviamente, explorando determinados elementos fantásticos. Caso estejam
curiosos: monstro é a palavra-chave do romance. Conforme for avançando
na escrita, solto outras informações.
Uma boa notícia na última semana
foi a seleção do meu conto “Por isso eu gosto da cidade” para a antologia Daemonicus — Histórias Fantásticas de Demônios, organizada pela Georgette Silen, da editora Literata. Ou seja,
terei que atualizar minha página de publicações (risos).
2 comentários
Não sei se é um caso parecido com o seu Luiz, mas eu comecei com a Serpente de Fogo para ter algo mais concreto para apresentar, ao invés de ficar me envolvendo em outros projetos que não davam retorno.
Boa sorte com seu novo projeto e vou continuar acompanhando Doppelgänger!