Com a proposta de
transportar os filmes japoneses de Kaijus
(monstros)das década de 50 e 60 para os tempos atuais, Guillermo del Touro abusou
de estupendos efeitos especiais e uma viciante trilha sonora para fazer o espectador imergir nas cenas de
ação e se colocar dentro de um Jaeger
nas batalhas brutais contra os Kaijus. Quando os primeiros trailers
despontaram nas redes, as alusões aos animes mechas, principalmente a Neon Genesis Evangelion, foram assíduas.
Mas, de fato, Círculo de Fogo (Pacific Rim) guarda
algumas semelhanças com este último, embora longe de parecer igual.
O objetivo do filme é o
puro entretenimento, respaldando-se nas cenas de ação inconsequentes: basicamente,
destruição e pancadaria entre Jaegers
e Kaijus. O enredo, apesar de muito
simples, sem grande profundidade, consegue ser o suficiente para sustentar o intento
do filme.
A história principia
com um resumo dos acontecimentos envolvendo os primeiros surgimentos dos Kaijus e a eventual produção dos Jaegers, contextualizando o panorama
pós-apocalíptico em que o filme realmente terá início. O mundo esquecera as
diferenças e se uniu para lutar contra os Kaijus, e com as vitórias recorrentes
dos humanos, a invasão alienígena tornou-se alvo de espetacularização. Os
pilotos se tornaram astros, reconhecidos mundialmente; um deles era o piloto do
Gipsy Danger, Raleigh (Charlie Hunnan).
No entanto, o irmão de Raleigh, Yancy, que pilotava o Jaeger junto dele, morreu
durante uma batalha no oceano. Raleigh, após a luta, abandonou a tarefa de
piloto e passou a ser um andante, até ser novamente localizado pelo comandante
Stacker (Idris Elba), que o chamou para uma Resistência que produzia os únicos
Jaegers remanescentes após o governo cortar o financiamento do projeto. Nessa
instalação, Raleigh conhece Mako (Rinko Kikuchi), uma substituta para o seu
irmão na pilotagem do Jaeger.
Para forçar o
relacionamento entre os personagens, a grande sacada no roteiro foi criar um
robô gigante que funcionasse a partir de uma conexão neural (assim como em
Evangelion) entre os dois pilotos, que por sua vez, deveriam sincronizar suas
mentes, dessa forma, tendo acesso às lembranças um do outro. Ou seja, os
pilotos deveriam ser compatíveis, se entenderem. Assim, a história criaria
brechas para explorar alguns personagens. Contudo, essa ideia focou-se apenas na
Mako, talvez a personagem mais desenvolvida do filme. Faltaria tempo e espaço
para explorar os demais pilotos (a maioria estava apenas ali por estar mesmo),
além de algumas mudanças no enredo.
2 comentários
Assisti o filme e gostei bastante. Claro que ignorei muitas das falhas do roteiro. Acho que, como entretenimento puro, estava ótimo. Várias cenas de ação e destruição de dar gosto. A história foi bem rasa e achei meio ridículo o pai se despedindo do filho daquela forma. Ele era algum tipo de vidente, para já saber o fim da história? rs
Apesar das minhas críticas, gostei mesmo, valeu meu ingresso bem mais do que RED2, que assisti no mesmo dia.