Estúdio: TMS Entertainment
Ano: 2016
Diretor: Tomo Kosaka
Trilha sonora: Masayusu Tsuboguchi
Nº de episódios: 13
Demografia: seinen
Gênero: drama, comédia, ficção científica, romance
Este é um daqueles animes cuja premissa eu gostaria
que acontecesse comigo. O protagonista, Arata Kaizaki, é um homem com
dificuldades para procurar emprego depois de pedir demissão após somente três
meses de trabalho. Sem perspectiva profissional, Ryou Yoake, um empregado da
empresa Re:life, lhe oferece uma proposta: ser cobaia de um experimento em que
Arata deve tomar uma droga para rejuvenescer dez anos e refazer o terceiro ano do
ensino médio.
O contexto de jogar um jovem adulto no meio de
adolescentes e observar como Arata se relaciona com eles abre possibilidades
para inúmeras situações de drama e humor (sendo este o gênero de predileção da
história) que escapam um pouco da mesmice do gênero escolar. Mas acredito que o
anime só funciona graças a sua premissa, que tem potencial para resgatar um tom
de nostalgia, que parece ser diretamente proporcional ao quanto você se
identifica com o protagonista, ou seja, se está desempregado, trabalha ou
trabalhou num emprego de merda e sente saudades da época escolar.
A parte
dramática do anime pode ser dividida em dois cenários: o colegial e a vida
adulta de Arata. No primeira ocorrem os dramas escolares, bem desenvolvidos em
sua maioria, embora não apresentem nada fora do que se espera do gênero; no
segundo são mostrados mais detalhes do antigo emprego de Arata e suas
consequências no presente (uma parte pesada da história que justifica ela ser
voltada para o público seinen). Uma detalhe interessante acerca do drama
colegial é que Arata geralmente se envolve neles e usa de sua experiência do
drama adulto para ajudar a resolve-los, sendo esta uma das propostas de sua Re:life.
Fica implícito aqui que essas mudanças geradas por Arata podem influenciar o
futuro dos estudantes de maneira que eles nunca vão precisar passar por uma
Re:life, caso um dia sejam tentados a isso.
Outro detalhe positivo desse anime são seus
personagens, cada um possuindo seu próprio arco de desenvolvimento. Há vários
pontos da história em que Arata passa a ser coadjuvante, mostrando que os
outros personagens têm força o bastante para levar a trama adiante.
Praticamente, todos os sete personagens que aparecem na capa do anime são
carismáticos e despertam o nosso interesse. E no meio desses arcos de
desenvolvimento, há pontos de virada bem inesperados que fortalecem ainda mais
o entrosamento entre eles, bem como a nossa expectativa em vê-los resolvendo seus
próprios conflitos.
A animação e a trilha sonora são medianas. O único
fator técnico a se destacar é o encerramento, composto por doze músicas (uma
para cada episódio) e montagens de cenas e imagens parcialmente diferentes. E
até nessa parte o anime desperta um pouco de nostalgia, já que algumas músicas
são tocadas por bandas que eu costumava ouvir há dez anos atrás, como T.M.
Revolution, L’Arc~em~Ciel, Pornograffitti e The Brilliant Green.
Infelizmente, a segunda temporada (se houver) poderá
demorar bastante, uma vez que esses 13 episódios foram o suficiente para
alcançar os seis volumes já publicados do mangá.
1 comentários:
O ruim de ReLIFE pra mim foi ter limitado-se ao romance a partir de certa parte.